O que é
Localizado na rua Azeredo Coutinho, nº 130, bairro da Várzea, O "Casarão da Várzea" é um chalé de dois pavimentos que
abrigou o antigo Hospital Magitot.
História
O "Casarão da Várzea", também conhecido como "Hospital Magitot", foi inaugurado em 27 de maio de 1905,sendo utilizado como moradia até a década de 50, quando se tornou um hospital odontológico, o terceiro endereço do Hospital Magitot (anteriormente sediado nos bairros de Casa Forte e Madalena).
Com o fechamento do hospital na década de 60, passou a
funcionar um pequeno posto de saúde nos “fundos”do casarão até o fim da década
de 80, sendo cuidado a partir daí por um caseiro, que permitia a entrada de
moradores do local para realização de atividades como a limpeza do terreno, ensino de capoeira, missas (em uma capela improvisada na área externa), entre
outros. Isso ocorreu até o chalé ser atingido por um incêndio, em 1992, que destruiu o piso dos dois
pavimentos (de madeira). Neste período, houve uma iniciativa de inclusão do chalé como Imóvel Especial de Preservação (IEP), mas a proposta não obteve êxito. Enquanto isso, uma família passou a
residir no ambiente anexo ao casarão, que não havia sido atingido pelo incêndio, até serem
expulsos pela prefeitura em 2013, quando o chalé foi finalmente classificado como Imóvel Especial de Perservação (IEP). Atualmente o movimento "Salve o Casarão da Várzea" cobra da Prefeitura do Recife a recuperação do chalé, bem como a construção de um mercado popular em seu pátio externo.
Significados
O chalé é o único do Recife no estilo romântico
com influência inglesa de dois pavimentos. Como muitos dos moradores mais
antigos foram atendidos no local, há uma ligação “sentimental” com o casarão,
que se encontra abandonado e parcialmente destruído (após um incêndio),
degradando-se com a ação do tempo.
Atividades
Hoje abandonado e degradado, as atividades têm sido realizadas em seu pátio externo, aos sábados, organizadas pelos membros do movimento “Salve o Casarão da Várzea” e moradores do
bairro, como plantio, organização e colheita na horta comunitária,
apresentações musicais e artísticas, organização de uma rádio comunitária,
oficina de muralismo, feijoada comunitária, entre outros.
Responsáveis
A
prefeitura do Recife é a atual proprietária do terreno, embora não esteja
realizando qualquer atividade de manutenção do local. Por outro lado, os
moradores, através do movimento Salve o casarão, têm realizado a manutenção
possível do pátio externo, bem como usufruído das já mencionadas atividades
realizadas aos sábados.
Recomendações para preservação
Para a preservação do lugar, é de fundamental
importância que seja realizada o quanto antes uma reforma no casarão, que
encontra-se cada vez mais destruído pela ação do tempo. A prefeitura prometeu
em 2013 a reforma do chalé (estando ainda por decidir qual seria a utilização
do casarão após a reforma) e a construção de um mercado no pátio externo, para
abrigar os barraqueiros que atualmente se encontram nas calçadas do imóvel,
impossibilitando os pedestres de transitarem nas mesmas. Ouvindo a opinião de
moradores, é bastante visível que eles desejam a construção do mercado no pátio
externo e a utilização do chalé (após reformado) de algo que tenha uma
utilidade para eles, sendo quase consenso a ideia de um espaço cultural, para
que eles possam participar (como realizadores ou expectadores) de atividades
como apresentações e mostras. Avaliando toda a situação, de fato, a utilização
do casarão como um espaço cultural, bem como um mercado ao seu redor,
aumentaria o contato e identificação da comunidade com o imóvel, que já foi
classificado como Imóvel Especial de Preservação pelo Município, mas nada foi
feito pela prefeitura para a sua preservação.
Lamentável a falta de interesse da prefeitura do Recife nesse prédio incrível e histórico.
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